Ao longo das últimas décadas tem-se assistido a uma constante evolução tecnológica, a qual segundo P. Drucker coloca-nos “na era da descontinuidade”. As Ciências da Educação não conseguiram acompanhar o ritmo vertiginoso das tecnologias da comunicação, motivo pelo qual diversos autores consideram de todo importante reformular o binómio ensino aprendizagem.
Depois da imprensa, do cinema, da rádio e da televisão, surge-nos a rede de todas as redes isto é, a World Wide Web (internet), a qual coloca os indivíduos à distância de um mero clique, perante uma panóplia de informação importante para o desenvolvimento do seu processo cognitivo.
Os indivíduos pensam de uma forma global, mas vêem o seu campo de acção limitado ao âmbito local.
Segundo Sonia Livingstone (1992) “o impacte potencial das novas formas de tecnologias da informação e da comunicação foi especulativamente relacionado com quase todos os aspectos da nossa vida, nomeadamente a educação (…)”
No entanto, a introdução das novas tecnologias da informação na sala de aula foi efectuada de uma forma muito prudente, uma vez que o seu uso em contextos educativos teria obviamente de considerar os fracassos do passado, nomeadamente no que se refere à televisão.
Em boa verdade a expressão de tecnologias da informação tem vindo a ser usada de uma forma massificada, quer pelos média, quer pelas próprias entidades governamentais que coordenam as áreas do ensino, situação esta, que conduziu o público em geral à criação de uma visão totalmente distorcida da verdadeira essência deste termo.
Contudo o acesso à sociedade da informação, e a correspondente participação activa nesta tem subjacente o acesso a três ferramentas essenciais a saber: os média digitais, os programas e a telemática (isto é as telecomunicações ao serviço da informática).
Independentemente das capacidade dos computadores, do grau de sofisticação dos programas e das vias de transmissão de dados, as tecnologias perdem toda a importância se os conteúdos e as competências para os criarem não forem levados em linha de consideração.
Importa aqui referir, ao nível dos conteúdos, a importância da transferência dos mesmos para suporte digital, os quais poderão ser apresentados sobre a forma de texto, imagem e som.
Obviamente que a referida transferência obriga a custo de natureza estrutural, existindo ainda alguns constrangimentos de natureza tecnológica que não se encontram de todo ultrapassados.
No entanto, não é suficiente a mera aquisição de conteúdos digitais, é de todo importante estruturar os mesmos, possibilitando a sua integração nas diversas aplicações multimédia, processo este que decorre de forma eficaz, caso exista, na sua concepção, a colaboração de equipas multidisciplinares.
Surge-nos aqui o hipertexto, ou as ligações dinâmicas, que ligam textos, imagens e sons, criando uma rede de conhecimento a qual poderá ser estruturada ou não.
Significa isto que estas redes de conhecimento podem ser mapeadas por dois sistemas de navegação, a saber, o sistema arborescente e o sistema de relações semânticas.
Um permite um caminho inequívoco, de certa forma castrador na medida em que inviabiliza desvios ao pré determinado, enquanto que o outro possibilita uma série de caminhos possíveis.
Refira-se que a navegação através de um sistema de ligações semânticas, além de permitir pesquisas, consegue estabelecer redes lógicas ao nível dos conteúdos.
O aluno assume, neste novo paradigma do ensino, com recurso a sistemas interactivos, dois papéis fundamentais, na medida em que por um lado é leitor enquanto que por outro ele é actor da sua estruturação e dos seus conhecimentos, tal como referiu M. Masselot- Girard (1999).
Mas a transferência dos conteúdos para suporte digital não é suficiente, terá de existir uma alteração na forma como os conhecimentos são transmitidos, isto considerando a forma como a informação se encontra armazenada, surgindo-nos o conceito de comunicação digital.
Contudo, para que a comunicação digital funcione no seu pleno, os destinatários da mesma terão de receber formação ao longo da vida, tentando-se combater a iliteracia digital.
Ainda no âmbito dos sistemas de informação e da sua importância no processo de aprendizagem, existe uma tendência crescente, derivada da evolução da Web 1.0 para a Web 2.0, para a criação de comunidades virtuais de aprendizagem nas quais os seus membros partilham o conhecimento, estas são extremamente úteis no processo de aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente no que se refere aos adultos.
Em conclusão, o uso dos sistemas interactivos, através de poderosas redes de informação, irão causar uma forte erosão no poder instituído pelo professor, sendo o mesmo frequentemente confrontado com o saber que os alunos trazem consigo do exterior, saberes esses que muitas vezes se encontram à mera distância de um clique.
O aluno assume um papel activo, na construção do seu percurso formativo, cabendo ao professor coordenar, dinamizar, validar o processo cognitivo e acima de tudo não perder o grande desafio que lhe é lançado: a construção de conteúdos interactivos.
Depois da imprensa, do cinema, da rádio e da televisão, surge-nos a rede de todas as redes isto é, a World Wide Web (internet), a qual coloca os indivíduos à distância de um mero clique, perante uma panóplia de informação importante para o desenvolvimento do seu processo cognitivo.
Os indivíduos pensam de uma forma global, mas vêem o seu campo de acção limitado ao âmbito local.
Segundo Sonia Livingstone (1992) “o impacte potencial das novas formas de tecnologias da informação e da comunicação foi especulativamente relacionado com quase todos os aspectos da nossa vida, nomeadamente a educação (…)”
No entanto, a introdução das novas tecnologias da informação na sala de aula foi efectuada de uma forma muito prudente, uma vez que o seu uso em contextos educativos teria obviamente de considerar os fracassos do passado, nomeadamente no que se refere à televisão.
Em boa verdade a expressão de tecnologias da informação tem vindo a ser usada de uma forma massificada, quer pelos média, quer pelas próprias entidades governamentais que coordenam as áreas do ensino, situação esta, que conduziu o público em geral à criação de uma visão totalmente distorcida da verdadeira essência deste termo.
Contudo o acesso à sociedade da informação, e a correspondente participação activa nesta tem subjacente o acesso a três ferramentas essenciais a saber: os média digitais, os programas e a telemática (isto é as telecomunicações ao serviço da informática).
Independentemente das capacidade dos computadores, do grau de sofisticação dos programas e das vias de transmissão de dados, as tecnologias perdem toda a importância se os conteúdos e as competências para os criarem não forem levados em linha de consideração.
Importa aqui referir, ao nível dos conteúdos, a importância da transferência dos mesmos para suporte digital, os quais poderão ser apresentados sobre a forma de texto, imagem e som.
Obviamente que a referida transferência obriga a custo de natureza estrutural, existindo ainda alguns constrangimentos de natureza tecnológica que não se encontram de todo ultrapassados.
No entanto, não é suficiente a mera aquisição de conteúdos digitais, é de todo importante estruturar os mesmos, possibilitando a sua integração nas diversas aplicações multimédia, processo este que decorre de forma eficaz, caso exista, na sua concepção, a colaboração de equipas multidisciplinares.
Surge-nos aqui o hipertexto, ou as ligações dinâmicas, que ligam textos, imagens e sons, criando uma rede de conhecimento a qual poderá ser estruturada ou não.
Significa isto que estas redes de conhecimento podem ser mapeadas por dois sistemas de navegação, a saber, o sistema arborescente e o sistema de relações semânticas.
Um permite um caminho inequívoco, de certa forma castrador na medida em que inviabiliza desvios ao pré determinado, enquanto que o outro possibilita uma série de caminhos possíveis.
Refira-se que a navegação através de um sistema de ligações semânticas, além de permitir pesquisas, consegue estabelecer redes lógicas ao nível dos conteúdos.
O aluno assume, neste novo paradigma do ensino, com recurso a sistemas interactivos, dois papéis fundamentais, na medida em que por um lado é leitor enquanto que por outro ele é actor da sua estruturação e dos seus conhecimentos, tal como referiu M. Masselot- Girard (1999).
Mas a transferência dos conteúdos para suporte digital não é suficiente, terá de existir uma alteração na forma como os conhecimentos são transmitidos, isto considerando a forma como a informação se encontra armazenada, surgindo-nos o conceito de comunicação digital.
Contudo, para que a comunicação digital funcione no seu pleno, os destinatários da mesma terão de receber formação ao longo da vida, tentando-se combater a iliteracia digital.
Ainda no âmbito dos sistemas de informação e da sua importância no processo de aprendizagem, existe uma tendência crescente, derivada da evolução da Web 1.0 para a Web 2.0, para a criação de comunidades virtuais de aprendizagem nas quais os seus membros partilham o conhecimento, estas são extremamente úteis no processo de aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente no que se refere aos adultos.
Em conclusão, o uso dos sistemas interactivos, através de poderosas redes de informação, irão causar uma forte erosão no poder instituído pelo professor, sendo o mesmo frequentemente confrontado com o saber que os alunos trazem consigo do exterior, saberes esses que muitas vezes se encontram à mera distância de um clique.
O aluno assume um papel activo, na construção do seu percurso formativo, cabendo ao professor coordenar, dinamizar, validar o processo cognitivo e acima de tudo não perder o grande desafio que lhe é lançado: a construção de conteúdos interactivos.
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